Motivos para festa não faltaram num bonito domingo de sol e calor, que favoreceu para a obtenção de marcas importantes. No salto em distância, por exemplo, Douglas Selestrino (7,35 m) e Higor Silva Alves (7,28 m), ambos de São Paulo, superaram a marca mínima de 7,20 m. "Agora é treinar com afinco para o Mundial e tentar melhorar o resultado", disse Douglas, do Centro de Excelência de São José do Rio Preto (SP).
Nos 200 m, a catarinense Tamiris de Liz obteve o índice pela segunda vez, com 24.23. Ele já havia ratificado a marca nos 100 m e integrou o revezamento campeão do torneio, totalizando três medalhas de ouro e ajudando o seu Estado a ganhar a competição feminina. "Estou muito feliz. Correr em alto nível não é fácil. Você tem de conviver com as lesões, com dores e aprender a superar tudo isso", comentou a atleta de Joinville.
Nos 800 m, o mineiro John Maycon Alves (1:51.33) e o gaúcho Marcelo Henrique Scolari (1:51.85) correram novamente abaixo da marca mínima, de 1:52.36. "Consegui o índice pela terceira vez, mas não é fácil. Você tem de dar o máximo possível na pista", disse o corredor de Uberlândia, que treina com Luiz Alberto de Oliveira, que foi técnico de Joaquim Cruz, Zequinha Barbosa e Agberto Guimarães, os grande especialista da modalidade que o Brasil já teve.
No arremesso do peso, Izabela Rodrigues da Silva ganhou a prova com 13,62 m, superando pela quarta vez o índice de 13,00 m. "Não gostei do resultado. Acho que se repetisse na competição o que tenho treinado a marca seria muito melhor", afirmou a atleta, que também foi vice-campeã no lançamento do disco.
O Rio de Janeiro, que dominou as provas dos 100, 200 e 400 m, confirmou seu favoritismo ao vencer o revezamento medley e conseguir o índice para o Mundial. Um dos integrantes da equipe carioca, Vítor Hugo dos Santos, campeão brasileiro dos 200 m, não poderá integrar o grupo por ser ainda Mirim.
O mesmo ocorreu na prova feminina do salto em altura. A paranaense Ana Paula Caetano de Oliveira, de 14 anos, foi a vencedora com 1,75 m, justamente o índice exigido pela CBAt. Por não ter a idade da categoria (16 ou 17 anos), não poderá ser convocada.
"Fico triste por um lado porque derrotei meninas mais velhas e mostrei meu potencial. De outro lado, porém, posso esperar o próximo Mundial e até lá estarei saltando bem mais alto", observou com rara consciência e tranqüilidade. "Vou torcer e muito para o Brasil na França."
O Comitê de Técnicos escolhido pela CBAt escolheu o paulista Felipe Vinícius dos Santos, ouro no octatlo, com índice para o Mundial, e a potiguar Elysle da Silva Albino, vencedora dos 5.000 m marcha e índice também para Lille como os destaques masculino e feminino da competição, que reuniu cerca de 370 atletas de 25 Estados e do Distrito Federal durante dois dias no Estádio Ícaro de Castro Melo. O prazo para a obtenção de índice para o Mundial de Menores terminou neste domingo.
"Ganhar o octatlo e conseguir o índice não foi fácil. Sei que tenho potencial para ir mais longe porque aqui melhorei sete das oito marcas que fiz", observou muito confiante Felipe Vinícius.
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