quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O esporte como fator de inclusão social e desenvolvimento do ser humano

O vereador licenciado George Câmara (PCdoB) foi o nome escolhido pelo governador Robinson Faria para assumir o comando da Secretaria de Estado do Esporte e do Lazer (SEEL) durante seu mandato, iniciado em 1º de janeiro. Com um orçamento baixíssimo e com a previsão de não poder investir nenhum centavo no esporte em 2015, George diz não ter uma “receita” de bola para driblar o cenário adverso que vem encontrando na pasta. 

   “Eu tenho uma visão do esporte como fator de inclusão social. O esporte tem um grande potencial de desenvolvimento da plenitude do ser humano, do espírito coletivo. Quando competimos, estamos vivenciando a competição e a solidariedade ao mesmo tempo. É um paralelo com a vida”, diz o novo secretário, apoiador da campanha de Robinson Faria ao governo.    “Quando nós apoiamos a candidatura de Robinson, não fugimos do desafio de enfrentar as responsabilidades do dia seguinte. Então não foi uma questão de buscar emprego para quem estava desempregado no partido, e sim assumir as responsabilidades que o povo nos confiou, e nós fomos chamados a assumir essa responsabilidade”, ressalta. 
 “Apaixonado por todos os esportes”, o novo titular da pasta no Rio Grande do Norte sempre foi atleta amador por opção, tendo o futebol como esporte preferido. Na juventude, chegou a jogar em alguns times de futebol amador do interior do estado, como o Botafogo de Parazinho e o Treze de João Câmara. Abecedista incurável e frequentador assíduo de sua cadeira cativa no estádio Frasqueirão, George ressalta a importância do esporte na sociedade, principalmente o amador.
 “Vejo o esporte como um fator fundamental para a promoção humana e o desenvolvimento do cidadão”, comenta.   Porém, em 2015, o prognóstico não é muito animador para o cenário estadual. A previsão é de que o Estado não tenha um centavo sequer para investimentos. No Orçamento Geral do Estado (OGE) para este ano, proposto pela antiga gestão, a verba destinada à secretaria de Esporte será de cerca de R$ 3,5 milhões. O montante dá apenas para pagar os salários dos servidores e custear as despesas operacionais da pasta.    
Assim como os demais secretários empossados no dia 2 de janeiro, George Câmara recebeu de Robinson Faria um prazo de 60 dias para fazer um diagnóstico preciso da situação da secretaria. “Uma coisa é recebermos um relatório de quem está saindo, outra coisa é recebermos um relatório de quem está chegando”, argumenta. Apesar de enxergar um grande potencial para se trabalhar o esporte do estado, o novo secretário é enfático: “Não tem receita de bolo. Teremos que tirar leite de pedra. As parcerias com os municípios e principalmente com a União e os setores privados são fundamentais”, diz. 
 Defensor do conceito de política de Estado, onde se pensa em trabalhar visando uma continuidade de ações independente do governante em questão, George acredita que, de um modo geral, as administrações públicas não usam todo o potencial das políticas voltadas para o esporte.    “O esporte e a cultura têm uma transversalidade tão importante que podem influenciar na segurança pública, nos índices de violência, no combate a dependência química, na educação”, pontua. -

Nenhum comentário:

Postar um comentário