segunda-feira, 23 de abril de 2012

Demétrio Torres: "Vamos entregar as obras da copa dentro do prazo previsto"

Maquete do Estádio das Dunas. Será???????????

As desconfianças acerca da viabilidade do projeto Copa do Mundo em Natal não afetam mais Demétrio Torres. O secretário extraordinário para assuntos relativos à Copa do Mundo se diz acostumado às desconfianças em torno da construção do estádio Arena das Dunas e da realização das obras de mobilidade. Mas mesmo assim ele tem segurança de que o Estado cumprirá com suas responsabilidades. "Nós nos acostumamos a essa desconfiança. Mas a empresa e o Governo do Estado não têm dúvida do término no prazo. Eu repito sempre: nós não estamos palpitando. Nosso planejamento é baseado em engenharia", relata Demétrio.

Alex Régis; Postagem Tribuna do Norte em 22/04/2012  Em entrevista, o secretário fala sobre o papel do Governo do Estado, detalha como será a Arena das Dunas e assegura que todos os prazos serão cumpridos.


O senhor sempre foi muito otimista em relação ao mundial de seleções em Natal?

A gente fala muito que é importante para o Estado porque existe um envolvimento com o processo e há exemplos de sucesso por conta dos jogos em outras partes do mundo. Existe um esforço grande do Estado para realizar esse evento. É importante falar sobre isso para envolver as pessoas, envolver a população. A população precisa participar.

Que exemplos são esses?

Existem muitos exemplos positivos. Alguns negativos também. E é bom frisar isso. Se nós não fizermos a nossa parte, o resultado pode ser decepcionante. Esse resultado será tão melhor quanto melhor for nossa atuação no sentido de nos prepararmos. Há algumas cidades na África do Sul, por exemplo, onde o legado não foi tão positivo. Eles não conseguiram fazer isso. Mas Natal é diferente. Primeiro porque o principal negócio da cidade já é o turismo, pelos nossos recursos naturais, pela beleza da cidade etc. Isso é uma parte. Se nós fizermos algo a mais no bem receber, nas obras que são necessárias para o evento, a festa em si, eu não tenho dúvida de que será uma grande oportunidade.

Qual será o maior legado?

A gente fala muito no legado em termo de obras, que é muito importante e já vieram e estão vindo muitas obras, mas na verdade eu acho que o legado maior é a confiança da população, da sociedade em geral, de que nós podemos fazer as coisas. No começo, não se acreditava porque nós nos achávamos incapazes. No início, ninguém acreditava. De repente, essas condições foram se criando. Mas depois o engajamento propiciou o sucesso. Agora precisamos fazer um bom evento.

Qual o papel da Secretaria da Copa nisso?

Cada estado criou uma estrutura própria para a Copa. A maioria criou essas secretarias extraordinárias para a Copa. No caso do Rio Grande do Norte, devido à condição de estar sempre próximo do tal regime prudencial, é preciso fazer a coisa menor. Quando a Fifa exige que a secretaria da Copa comande todas as ações, nós fazemos o seguinte. Embora tudo o que vem da Fifa passe pela secretaria, o que é específico é passado para a secretaria correspondente. Saúde, segurança, trabalho, etc. Não adianta querer fazer uma equipe grande somente para a copa, até porque as secretarias têm mais condição de tratar esses temas específicos. E já estão tratando. A Secretaria da Copa atua na intermediação.

E a Arena?

Como eu acumulo a direção do DER, acabo acompanhando também a questão da Arena das Dunas. Isso está dentro do cotidiano do DER, tanto a Arena quanto as obras de mobilidade, com exceção da avenida Roberto Freire.

O RN irá ganhar um novo estádio. Que padrão terá a Arena?

Será muito mais moderno. Vamos ver o que compõe esse estádio. É um estádio que tem 1,7 mil vagas de estacionamento, sendo 261 internas. O Machadão não tinha quase nada e num espaço de areia solta, sem pavimentação. Teremos camarotes. O Machadão não tinha. Há um espaço chamado de "hospitalidade vip", onde eram as antigas cadeiras numeradas. Esse espaço é bastante valorizado, caro, durante os jogos. Dez mil lugares temporários, que ficam em uma estrutura atrás dos gols. Isso está sendo usado porque se tivéssemos uma arena com 42 mil lugares fixos, ela não passaria nos critérios de viabilidade econômica. Para a mídia vão ser reservados 1.182 lugares. Esse é um diferencial. Num jogo comum, nós temos no máximo 50 profissionais. Na Copa serão mais de mil. Fora quem fazer a cobertura fora do estádio. É muita mídia espontânea para a cidade. Serão pelo menos 3,5 mil profissionais de mídia. É muito importante para Natal que tem no turismo o seu principal negócio. Esse local com o nome de hospitalidade vip pode receber pequenos eventos com até dois mil lugares. Quando acabar a Copa, serão lugares para receber eventos.

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