Eram 11 jogadores de uniforme verde com o escudo da Sociedade Esportiva Palmeiras. Mas não era o Palmeiras. Havia um goleiro, quatro zagueiros, mas "a defesa que ninguém passa" parecia uma caricatura. A torcida tentava cantar e vibrar - mas o alviverde imponente sofria. A academia de outrora, o Palmeiras que distribuía goleadas pelo interior, não viajaria 453 quilômetros para receber uma surra de almanaque. O Mirassol fez o melhor primeiro tempo de sua história. O Palmeiras... talvez o pior. E o placar final cravou mais uma adaga no sacrificado peito palmeirense em 2013: 6 a 2.
Seis gols do Mirassol. Dois gols do Palmeiras. O campeão do Século XX seguiu sua via-crúcis no Século XXI.
O revés do Verdão em Mirassol entra para um grupo de vexames históricos que inclui dois rebaixamentos no Campeonato Brasileiro e derrotas antes inconcebíveis, como os 7 a 2 para o Vitória, na Copa do Brasil de 2003.
Por outro lado, foi a primeira vitória em casa do Mirassol contra um dos quatro grandes de São Paulo na história. Ironicamente, até então, o time do interior só havia vencido uma vez como visitante - o próprio Palmeiras, ano passado, no Pacaembu.
A goleada alivia a barra do Mirassol, que entrou na rodada com apenas dois pontos à frente da zona do rebaixamento. Já o Verdão permanece em sétimo, longe de ter garantida a vaga no mata-mata. Outra ironia: o time de Kleina não perdia no Paulistão havia 11 rodadas.
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