As três medalhas de ouro que Usain Bolt conquistou no Mundial de Moscou elevaram a cotação do homem mais rápido do mundo a níveis inéditos na história do atletismo. Após as vitórias implacáveis nos 100m, 200m e revezamento 4x100m, o ‘Raio’ deverá passar a cobrar cerca de 300 mil dólares (R$ 725 mil) de cachê por cada corrida, em circuitos que não são classificatórios para grandes competições. Com a marca, o corredor receberá nada menos que US$ 3.000 (R$ 7.200) por cada metro percorrido, no caso dos 100m.
De acordo com as condições da prova, essa cifra pode ultrapassar este valor. Se o atleta jamaicano enfrentar o rival Yohan Blake, por exemplo, o cachê pode encostar em R$ 1 milhão, sem contar prêmios e bonificações. Após a trinca de ouros conquistados nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado, o valor da participação de Bolt nos eventos havia sido fixado em 250 mil dólares (R$ 600 mil), segundo o jornal espanhol Marca.
As fontes ouvidas pela publicação afirmam que alguns atletas de menos prestígio se sentem prejudicados pela grande valorização da figura de Bolt. Em muitas competições internacionais, o cachê do bicampeão olímpico dos 100m, 200m e 4x100m consome mais da metade do orçamento levantado pela organização com os patrocinadores. Alguns agentes esportivos acreditam que, se Bolt tivesse um adversário em pé de igualdade, esse valor sofreria uma disparidade ainda maior.
Atualmente, o principal concorrente de Bolt no ranking de cachês milionários é o britânico Mo Farah, especialista em provas de longa distância e dono de dois ouros em Londres 2012, nos 5.000m e 10.000m. O britânico de 30 anos fatura entre US$ 150 e 200 mil (R$ 360 e 480) por cada participação. O etíope Haile Gebrselassie, astro das corridas de longa distância nos anos 1990, chegou a receber US$ 1 milhão em dezembro de 2002, para disputar uma prova de 10km em Doha, no Qatar.
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